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quarta-feira, 25 de junho de 2014

RESUMO DO LIVRO "BOCA DO INFERNO"





Resumo do livro Boca do Inferno de Ana Miranda, obra que 
traz citações em referência ao poeta Gregório de Matos.


A autora cearense Ana Miranda, recria em seu livro Boca do 
Inferno lançado em 1989, uma pouco da Bahia de 1683, mais 
precisamente no século XVII. Boca do Inferno é um romance 
que tenta mostrar uma terra marcada pela libertinagem, 
corrupção e luta pelo poder. Ana Miranda usa no livro diversas 
palavras e expressões tidas como chulas, com tom de critica à 
sociedade, que fazem referência a sátira de Gregório de Matos, 
um poeta do século XVII conhecido pelo apelido Boca do Inferno 
ou Boca de Brasa que fazia criticas ferrenhas a sociedade baiana
da época. Ele faz parte da obra como um dos personagens.


Trama de Boca do Inferno

Para entender a obra Boca do Inferno é importante entender onde 
ela se passa e um pouco de sua estrutura. Romance narrado em 
terceira pessoa, dividido nos capítulos: A Cidade, O Crime, 
A Vingança, A Devassa, A Queda e O Destino. Todas as 
expressões vulgares usadas no livro são uma referência a 
Gregório de Matos. A história acontece durante o governo do 
militar tirano Antônio de Souza de Menezes, conhecido como 
Braço de Prata, durante o período colonial.


No capitulo inicial a autora descreve a Bahia durante o século 
XVII ambientando bem o leitor. Ela descreve como um lugar 
paradisíaco que possui o problema de abrigar demônios que 
faziam de tudo para aliciar as almas para o inferno. O poeta 
Gregório de Matos é descrito nesta primeira parte também.


A trama se inicia com Francisco Teles de Menezes, alcaide-mor 
do governador, que sofre um atentado onde oito homens 
encapuzados o cercam, cortam sua mão e em seguida é 
assassinado por Antônio Brito.

O crime tem motivações políticas, sendo que entre os envolvidos 
estão: Moura Rolim, primo de Gregório de Matos, e Ravasco, 
primo do Padre Antônio Vieira. O governador da Bahia, Antônio 
de Sousa Menezes, chamado Braço de Prata, começa uma 
perseguição contra os envolvidos que fugiram para o colégio 
dos jesuítas. Antônio Brito é capturado, e durante a tortura ele 
confessa o nome daqueles que estavam com ele. Gregório de Matos 
a pedidos de Bernardo Ravasco vai a casa de Bernardina Ravasco 
sua filha, para protegê-la, é onde conhece Maria Berco, empregada 
da família Ravasco, por quem se apaixona e se torna amante.

O governador Braço de Prata manda prender Bernardina e Maria 
Berco, esta última estava portando o anel e a mão de Francisco 
Teles de Menezes. A prisão de Bernardina serve para pressionar 
Ravasco a se entregar. Padre Vieira chega a ser perseguido mas 
é perdoado por ser um homem do clero. Palma, um amigo da 
família Ravasco é nomeado desembargador e responsável por 
investigar a morte do alcaide, porém alega falta de provas e nega 
que seja um crime de vingança político. Todos são liberados da 
cadeia, com exceção da amante de Gregório de Matos, Maria Berco, 
onde a fiança é de 600 mil réis.


Gregório de Matos consegue o dinheiro para libertar a amada. 
Por fim, o governador é destituído de seu cargo a mando do rei e 
é substituído pelo Marquês de Minas. Bernardo Ravasco recupera 
seu cargo de secretário do Governo e precisa se apresentar ao rei 
de Portugal. Gregório de Matos continua suas sátiras agora criticando 
o governo do estado da Bahia, e quando é capturado é expatriado para 
Angola. O Padre Vieira prega em seus sermões palavras de crítica ao 
governo e sofre repúdios pode isso. Maria Berco fica viúva e rica, que 
fica a esperar por seu amor Gregório de Matos.

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