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quarta-feira, 25 de junho de 2014

RESUMO DO LIVRO "ANGÚSTIA"




Angústia, obra do aclamado escritor Graciliano Ramos, foi publicada
em 1936, tendo como principal característica a descrição dos estados 
de alma dos indivíduos que se questionam o tempo todo sobre si e o 
mundo. O protagonista do romance, Luís da Silva, funcionário público 
e escritor frustrado, confessa desesperadamente ser autor de um homicídio. 
O estopim foi o fato da vítima, Julião Tavares, ter conquistado a mulher 
que Luís da Silva amava.

A estrutura “desordenada” do texto narrativo escrito em primeira pessoa 
descreve a mente perturbada do narrador e personagem Luís da Silva. 
Utilizando o recurso do monólogo interior, Graciliano Ramos faz ajustes
ao ponto de vista do seu narrador que conjuga o uso da memória pela 
imaginação.

Luís nos conta fatos que aconteceram há um pouco mais de um ano antes 
dele decidir escrevê-los, pelos indícios no romance é possível delimitar a 
ocorrência dos acontecimentos entre a década de 1930, especificadamente 
após o golpe da Revolução de 30, e o ano de sua conclusão, 1936.

Angústia é um romance narrado por seu protagonista, funcionário público 
e escritor diletante Luís da Silva. No início aparece o seguinte enunciado:


Levantei-me há cerca de trinta dias, mas julgo que ainda não me restabeleci 
completamente. Das visões que me perseguiam naquelas noites compridas 
umas sombras permanecem, sombras que se misturam à realidade e me 
produzem calafrios.


RAMOS, Graciliano. Angústia. RJ/SP: Record, 2005. p. 7.

O enunciado é uma prenunciação do que está por vir nas mais de duzentas 
páginas seguintes do romance que abordarão a história de Luís entre 
sombras e a confissão de que só se aprende a realidade através de fragmentos.

Luís vive revivendo suas frustrações intelectuais, memórias de infância, 
desejo pela vizinha Marina e ódio de Julião Tavares que lhe rouba a mulher 
amada.

O romance imerge no estado psicológico do narrador-personagem visto 
como um homem complexo e atormentado que vira refém do ciúme e do 
ressentimento até que comete um homicídio. Luís ao saber que Marina, 
sua amada, mulher fútil, havia sido seduzida por Julião e abandonada 
grávida e que o meliante já estava com outra mulher, começa a imaginar 
o crime e o realiza estrangulando Julião com uma corda; em seguida, o 
pendura num galho de árvore para representar um suicídio.

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