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quarta-feira, 25 de junho de 2014

RESUMO DO LIVRO "A MORTALHA DE ALZIRA"



Aluísio Azevedo (1857-1913), escreveu no formato de folhetim, 
no jornal a Gazeta de Notícias em 1891, o que viria a ser seu oitavo 
romance de título “A Mortalha de Alzira”. Quando foi publicado em 
formato de livro atingiu o que era considerado um recorde de venda 
da época, 10 mil exemplares em três anos. A mortalha de Alzira se 
passa integralmente na França, arredores de Paris, durante o reinado 
de Luís XV, século XVIII. A história conta a luta de um padre, de nome 
Ângelo, que tenta repreender seu desejo por Alzira, uma cortesã.

Para entender a obra é preciso saber que Aluísio Azevedo vivia em 
uma época em que a fé, representada pela igreja lutava contra o livre
 pensamento. O clero no Brasil se mostrava corrupto e devasso o que 
fazia com que os escritores alimentassem um sentimento anticlerical. 
Azevedo também faz uma ligação em sua obra da corrupção da igreja 
com a decadência da sociedade.

O autor mistura itens naturalistas com o romantismo caracterizado por 
devaneios e sonhos do padre. Outra característica do livro é que pela 
primeira vez um homem foi retratado como histérico, e não a mulher, 
como sempre eram retratadas em outros romances.
O médico é um elemento comum no naturalismo e não falta nesta obra. 
Representado pelo Dr. Cobalt, ele é o responsável por investigar o 
comportamento do padre, e por muitas vezes se mistura com o narrador.

Em A mortalha de Alzira, o padre Ângelo é um homem que nunca 
pode escolher sua profissão, e foi educado para ser sacerdote e assim 
acabou sendo. Ele tenta reprimir a todo custo sua paixão pela cortesã 
Alzira. O Dr. Cobalt é chamado para investigar os motivos do 
comportamento do padre. Uma das causas apontadas é a educação 
que ele recebeu.

Comum nos romances realistas há uma investigação de certa forma 
cientifica para justificar um comportamento humano. Os resultados 
dos meios sobre o comportamento humano eram usados para justificar 
injustiças causadas por instituições políticas e religiosas. Aluísio 
Azevedo é conhecido por outras grandes obras como “O mulato”, 
“O Cortiço” e “Casa de Pensão”.

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