Aluísio Azevedo (1857-1913), escreveu no formato de folhetim,
no jornal a Gazeta de Notícias em 1891, o que viria a ser seu oitavo
romance de título “A Mortalha de Alzira”. Quando foi publicado em
formato de livro atingiu o que era considerado um recorde de venda
da época, 10 mil exemplares em três anos. A mortalha de Alzira se
passa integralmente na França, arredores de Paris, durante o reinado
de Luís XV, século XVIII. A história conta a luta de um padre, de nome
Ângelo, que tenta repreender seu desejo por Alzira, uma cortesã.
Para entender a obra é preciso saber que Aluísio Azevedo vivia em
Para entender a obra é preciso saber que Aluísio Azevedo vivia em
uma época em que a fé, representada pela igreja lutava contra o livre
pensamento. O clero no Brasil se mostrava corrupto e devasso o que
fazia com que os escritores alimentassem um sentimento anticlerical.
Azevedo também faz uma ligação em sua obra da corrupção da igreja
com a decadência da sociedade.
O autor mistura itens naturalistas com o romantismo caracterizado por
O autor mistura itens naturalistas com o romantismo caracterizado por
devaneios e sonhos do padre. Outra característica do livro é que pela
primeira vez um homem foi retratado como histérico, e não a mulher,
como sempre eram retratadas em outros romances.
O médico é um elemento comum no naturalismo e não falta nesta obra.
Representado pelo Dr. Cobalt, ele é o responsável por investigar o
comportamento do padre, e por muitas vezes se mistura com o narrador.
Em A mortalha de Alzira, o padre Ângelo é um homem que nunca
Em A mortalha de Alzira, o padre Ângelo é um homem que nunca
pode escolher sua profissão, e foi educado para ser sacerdote e assim
acabou sendo. Ele tenta reprimir a todo custo sua paixão pela cortesã
Alzira. O Dr. Cobalt é chamado para investigar os motivos do
comportamento do padre. Uma das causas apontadas é a educação
que ele recebeu.
Comum nos romances realistas há uma investigação de certa forma
Comum nos romances realistas há uma investigação de certa forma
cientifica para justificar um comportamento humano. Os resultados
dos meios sobre o comportamento humano eram usados para justificar
injustiças causadas por instituições políticas e religiosas. Aluísio
Azevedo é conhecido por outras grandes obras como “O mulato”,
“O Cortiço” e “Casa de Pensão”.
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