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sábado, 13 de janeiro de 2018

SIGNIFICADO DO LIVRO "O PEQUENO PRÍNCIPE"




“O Pequeno Príncipe" é uma obra literária do escritor francês Antoine de
Saint-Exupéry, que conta a história da amizade entre um homem frustrado 
por ninguém compreender os seus desenhos, com um principezinho que 
habita um asteroide no espaço.

O título original é Le Petit Prince, publicado pela primeira vez em 1943 
nos Estados Unidos.

Este livro é marcado pelo seu alto teor filosófico e poético, mesmo sendo 
considerado uma literatura para crianças.


A parábola do "Pequeno Príncipe" debate, entre outras questões filosóficas, 
a perda da inocência e fantasia ao longo dos anos, conforme as pessoas vão 
crescendo e abandonando a infância."O Pequeno Príncipe" é o terceiro livro
 mais traduzido do mundo, contabilizando aproximadamente mais de 
160 idiomas, e um dos mais vendidos por todo o planeta.

Este livro ganhou diversas adaptações, seja no cinema ou em espetáculos 
teatrais e musicais.
Resumo do Livro O Pequeno Príncipe

O autor do livro é o personagem principal da história, que assume também 
o papel de narrador, contando sobre o fatídico dia em que seu avião teria 
caído no meio do deserto do Saara.

Lá, o personagem principal adormece e ao acordar se depara com o 
Pequeno Príncipe, que pede para que ele desenhasse um cordeiro numa 
folha de papel.

O protagonista é frustrado em relação aos seus desenhos, pois nunca ninguém 
conseguia interpretar as suas artes da forma correta.

Ao longo da história, o Pequeno Príncipe vai narrando as suas aventuras para 
o protagonista.

O jovem estaria a procura de um carneiro para comer as árvores que 
estariam crescendo em excesso em sua terra, um asteroide conhecido por 
B 612, que teria apenas uma rosa vermelha e três vulcões, sendo que um 
deles está inativo.

Ao ouvir as aventuras do Pequeno Príncipe, o protagonista vai percebendo 
como as pessoas deixam de dar valor as pequenas coisas da vida conforme 
vão crescendo.
Análise de Frases do Livro O Pequeno Príncipe


Esta obra literária aborda em várias partes o valor das coisas. 
Através desta afirmação da Raposa, podemos concluir que o verdadeiro 
valor de algo ou de alguém não pode ser visto com uma visão superficial. 
Para conhecer o que é essencial é preciso ver com o coração, ou seja, tirar 
tempo para conhecer, olhar sem preconceito e sem discriminar.


Esta frase descreve o laço afetivo existente entre o Pequeno Príncipe e a 
Rosa. Podemos concluir com esta frase que o que torna as coisas ou 
pessoas importantes é o tempo que nós investimos nelas. Quanto mais 
tempo, mais importante se torna nas nossas vidas.


Com esta declaração, a Raposa expressa o carinho que sente pelo 
Pequeno Príncipe. O mesmo acontece entre pessoas que gostam uma da 
outra, existe esse sentimento de antecipação quando se sabe que vai 
haver um encontro.


As duas estruturas mencionadas (muros e pontes) servem para designar 
atitudes no contexto da interação social. Os muros servem para criar uma 
separação entre dois lugares, enquanto as pontes têm a função oposta, ou 
seja, são construídas para conectar dois lugares. Assim, quem é solitário 
se afasta das outras pessoas, construindo muros e não pontes.


Esta frase revela o perigo e a insensatez de generalizar e julgar e avaliar 
uma pessoa por alguma coisa que aconteceu no passado. Isso também pode 
ser aplicado ao tópico da discriminação e preconceito racial. 
Só porque alguém foi magoado por uma pessoa de uma determinada classe,
 raça, gênero ou grupo social, não significa que todas as pessoas são iguais.


O fenômeno de “cativar” algo ou alguém é amplamente abordado neste 
livro. Esta frase explica que quando é formado um relacionamento
 (seja ele amoroso ou de amizade), as pessoas se cativam e ao cativar, 
são responsáveis por ela. Isso significa que o amor ou amizade requerem 
responsabilidade. O Pequeno Príncipe cativou a Rosa e por esse motivo 
era responsável por ela, dando resposta aos seus desejos e caprichos.

Personagens do Livro O Pequeno Príncipe
O Pequeno Príncipe


O personagem que dá o nome ao livro é um dos dois protagonistas 
da história. Esta criança vem do asteróide 325 (conhecido na Terra 
como B-612) e deixa a sua casa e a sua querida rosa, viajando pelo 
Universo. Nos vários planetas que visita, tem contacto pela 
primeira vez com adultos e fica espantado com o comportamento adulto e 
suas incoerências.

O Pequeno Príncipe representa a infância inconsciente dentro de 
cada adulto, simbolizando sentimentos de amor, esperança e
 inocência.

O Piloto


Assume o protagonismo da história juntamente com o Pequeno Príncipe, 
e tem a função de narrador. 
Quando era criança, o piloto tinha o sonho de ser um artista, mas 
foi desencorajado por adultos à sua volta. Apesar disso, o piloto 
faz vários desenhos para o Pequeno Príncipe e revela que a sua visão 
do mundo é mais parecida com a de uma criança.

Simboliza a atitude de perseguir e lutar pelos sonhos. 
A sua busca pelo poço no deserto revela a importância de aprender 
as lições através da exploração pessoal.
A Rosa


Elemento que é objeto do amor do Pequeno Príncipe, mas graças
 ao seu comportamento contraditório faz com que ele parta em viagem. 
Tem uma atitude melodramática e orgulhosa e é simultaneamente 
convencida e ingênua. 
O Pequeno Príncipe cede aos seus caprichos e cuida muito bem da Rosa, 
e a sua memória faz com que queira regressar ao seu lar.
Simboliza o amor que deve ser cultivado e cuidado. 
Apresenta características humanas, tanto boas como más.
A Raposa

Aparece na história de forma repentina e misteriosa e estabelece 
um relacionamento de amizade com o Príncipe. 
Apesar de pedir para ser domada pelo seu amigo, a raposa atua 
não só como pupila, mas como sua tutora, ensinando-lhe valiosas lições.

Representa a sabedoria pois ensina valiosas lições ao Pequeno 
Príncipe, sendo as mais importantes: só o coração consegue ver 
corretamente; o tempo que o Pequeno Príncipe passou longe do 
seu planeta fez com que valorizasse mais a Rosa; o amor implica 
uma responsabilidade.
O Carneiro e a Caixa


Quando o Pequeno Príncipe pediu ao Piloto para desenhar um 
carneiro, não ficou satisfeito com o resultado. Assim, o Piloto 
desenhou uma caixa, afirmando que dentro dela vivia o carneiro 
que o Pequeno Príncipe tinha pedido para desenhar.

Simboliza o poder da imaginação, capaz de ajudar a contornar 
problemas que aparecem no dia a dia. 
O Pequeno Príncipe fica preocupado que o carneiro coma a sua 
Rosa. Por esse motivo, o carneiro representa a dualidade da 
entrega do amor: dá prazer, mas também pode ser uma porta 
para o sofrimento.

Elefante dentro da Jiboia


Este é um desenho feito pelo Piloto e que é revelado ao 
Pequeno Príncipe. Inicialmente os adultos não entendiam 
o desenho e o confundiam com um chapéu, porque a jiboia 
que comeu o elefante assumiu a sua forma. Para explicar o 
desenho, o Piloto fez uma segunda versão, um raio X que 
revela o elefante dentro da jiboia.

Esta ilustração pretende demonstrar que nem sempre aquilo 
que vemos é a realidade. Assim como o primeiro desenho 
parecia para muitos um chapéu, na vida, muitas coisas não 
são o que parecem à primeira vista.
A Serpente


Este é o primeiro personagem que o Pequeno Príncipe encontra 
na Terra. É possível fazer um paralelismo com a serpente do livro 
e a serpente da Bíblia, que convenceu Adão e Eva a comer o fruto 
proibido, o que resultou na expulsão do Éden. É responsável por 
enviar o Pequeno Príncipe à sua casa através da sua mordida 
venenosa.
Representa o fenômeno da morte e apesar de falar por enigmas, 
não requer tanta interpretação como outros personagens, porque 
fala com franqueza.
O Rei


O Pequeno Príncipe encontra o Rei no primeiro planeta que visita. 
Apesar de pensar que ele governa todo o Universo, o seu poder é 
vazio, porque ele só pode dar ordenar coisas que aconteceriam 
mesmo sem que ele mandasse. Ele faz tudo para que o Pequeno 
Príncipe ficasse com ele, mas como não consegue, o nomeia seu 
embaixador quando ele vai embora.

É mandão mas tem um bom coração e ensina a lição que “é preciso 
exigir de cada um o que cada um pode dar”.
O Bêbado


Elemento envolvido em tristeza que afirma que bebe para esquecer 
a vergonha de beber. O Pequeno Príncipe fica com pena dele, mas
 ao mesmo tempo fica intrigado com a sua atitude perante a vida.
Representa a ignorância e as pessoas que tentam fugir da realidade 
ou resolver um determinado problema através de um vício.
O Homem de Negócios

Completamente envolvido nos seus cálculos, o Homem de Negócios 
quase não nota a presença do Pequeno Príncipe. Este personagem se 
apropria das estrelas, afirmando ser mais rico desse jeito. O Pequeno 
Príncipe entende que a sua lógica é parecida com a do Bêbado e afirma 
que não vale a pena ser dono de alguma coisa se não se cuida delas.

Tem a função de caricatura dos adultos, que muitas vezes estão tão 
envolvidos nos seus negócios que não conseguem aproveitar a vida. 
É o único personagem criticado abertamente pelo Pequeno Príncipe.

O Acendedor de Lampiões

Inicialmente o Pequeno Príncipe pensa que é apenas mais uma pessoa 
com comportamento ridículo e sem propósito. No entanto, ao verificar 
a devoção e empenho no seu trabalho, chega a admirá-lo. 
Tem a tarefa de acender o lampião de noite e apagá-lo de dia, mas o 
planeta gira muito rápido e o Sol se põe a cada minuto, o que faz 
com que o seu trabalho seja extenuante.

Simboliza as pessoas que cumprem determinadas tarefas sem
 pensamento crítico, muitas vezes fazendo coisas sem sentido 
ou sem entender porquê.
O Geógrafo


Um homem com bastante conhecimento geográfico e que 
escreve vários livros. Não obstante a sua inteligência sobre 
outro lugares, não conhece nada sobre o seu próprio planeta, 
afirmando que não é a sua função explorá-lo. 
É ele que recomenda ao Pequeno Príncipe uma visita ao
planeta Terra.
Quando o Geógrafo revela que não estuda as flores porque 
elas não duram para sempre, o Pequeno Príncipe fica preocupado 
e se arrepende de tê-la deixado.
O Astrônomo


O astrônomo turco foi o primeiro humano a descobrir o asteróide 
B-612, a casa do Pequeno Príncipe. Quando este personagem fez 
esta descoberta, ninguém acreditou porque ele vestia roupas típicas
turcas. No entanto, foi ouvido quando anos mais tarde fez a 
apresentação com roupas ocidentais.
Representa o problema da xenofobia e racismo na sociedade, 
onde pessoas são julgadas de acordo com a sua roupa, raça ou 
local de nascimento.

O Vaidoso


É o único habitante no seu planeta e tem uma enorme necessidade 
de ser reconhecido e elogiado pelos outros. Ele pergunta se o 
Pequeno Príncipe o admira e pede para que ele diga que é o mais 
inteligente, mais bonito e mais rico do planeta, o que é estranho 
par ao protagonista, já que o vaidoso é a única pessoa do planeta.

Este personagem ensina que nós não podemos depender dos elogios 
dos outros para encontrarmos o nosso valor.

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