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quarta-feira, 25 de junho de 2014

RESUMO DO LIVRO "A ROSA DO POVO"



Obra-chave dentro da produção de Drummond, A rosa do povo, 
publicada em 1945, reflete a maturidade que o poeta alcançou desde 
sua estréia. Nela, conforme já se afirmou, além de acentuado 
progresso técnico-formal, estão presentes duas conquistas decisivas 
para a evolução de nossa literatura: o realismo social, particularmente 
penetrante e que não se restringe, apenas ao lirismo da poesia engajada; 
a poesia meta poética, alimentada pela reflexão introspectiva sobre o 
sentido da escrita como obra de arte.

Este é o mais extenso e o mais variado dos livros de Drummond 
( 55 poemas, alguns longos). Nele desfilam os principais temas de 
sua obra; o verso livre e a estrofação irregular alternam com versos de 
métrica tradicional dispostos em estrofes regulares; o estilo ora é "puro"
elevado, "poético" ), ora é "mesclado"(mistura de elevado e vulgar, 
sério e grotesco).

Livro difícil, é dos mais discutidos e apreciados da poesia moderna 
brasileira. Obra de linguagem poética com participação social. 
Os poemas de A rosa do povo foram escritos nos anos sombrios da 
ditadura de Vargas e da Segunda Guerra Mundial. Os acontecimentos 
provocam o poeta, que se aproxima da ideologia revolucionária 
anticapitalista de inspiração socialista, e manifesta sua revolta e sua 
esperança em poemas indignados e intenso.

Temas: eu-estar no mundo ( o amor, a família, o tempo, a velhice), a 
meta poesia (poesia pela própria poesia), eu igual ao mundo,... 
Portanto, em A rosa do povo, o poeta testemunha sua reação ante a 
dor coletiva e a miséria do mundo moderno, com seu mecanismo, 
seu materialismo, sua falta de humanidade. Essa fase enriqueceu 
sua essencialidade lírica e emocional, e, através da profunda 
consciência artística, o poeta atingiu a plenitude, a cristalização, a 
humanização, sob a forma suave e terna, em que o itabirano 
mergulha no lençol profundo de sua província e de seus antepassados, 
para melhor compreender a "máquina do mundo", a angústia de seu
tempo, o desarvoramento do homem contemporâneo, com um largo 
sentimento de fraternidade.

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