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quarta-feira, 25 de junho de 2014

RESUMO DO LIVRO "A BICICLETA AZUL"



Naquele princípio de outubro de 1939, Pierre e Isabelle Delmas 
viviam felizes em suas terra das vinhas de Bordeaux, em Montillac,
 rodeados pelas três filhas, Françoise, Léa e Laure, e por Ruth, a fiel 
governanta. Léa tem dezessete anos. De grande beleza, herdou do pai
 o amor pela terra e pelas vinhas, onde cresceu junto a Mathias Fayard,
 o filho do administrador, seu companheiro de brincadeiras, secretamente
 apaixonado por ela.

1º de outubro de 1939. Em Roches-Blanches, propriedade dos Argilat, 
amigos dos Delmas, festeja-se o noivado de Laurent d'Argilat com a 
prima, a doce Camile. Reúnem-se os tios e a tia de Léa com os filhos:
 Luc Delmas, advogado, com Philippe, Corinne e Pierre; Bernadette 
Bouchardeau e seu filho Lucien; Adrian Delmas, o dominicano, que é 
tido na família como revolucionário. Também lá estão os apaixonados 
de Léa, Jean e Raoul Lefèvre. Só Léa não compartilha o regozijo desse 
dia; está apaixonada por Laurent, e não pode conformar-se com aquele 
noivado. Conhece François Tavernier elegante e cínico, um homem 
ambíguo e senhor de si. Léa, por despeito, fica noiva de Claude d'Argilat, 
irmão de Camille. No mesmo dia, eclode a guerra: é a mobilização geral.

Léa assiste desesperada ao casamento de Camille e Laurent. Doente, sob 
os cuidados do médico da família, o dr. Blanchard, adia a data do casamento. 
O noivo morre nos primeiros combates. Léa vai a Paris, para a casa de
 suas velhas tias, Lisa e Albertine de Montpleynet. Ali volta a encontrar 
Camille e François, por quem sente um misto de ódio e atração. 
Também encontra Raphaël Mahl, escritor homossexual, oportunista,
 inquietante, e Sarah Mulstein, uma jovem judia alemã fugida dos nazistas.

Laurent parte para o front de batalha e pede a Léa para cuidar de Camille,
 que espera um filho e cuja saúde e delicada. Apesar disto, ambas fogem 
da ocupação, pelas estradas do êxodo, sob bombardeios, em condições 
dramáticas. Em seu caminho, Léa, aflita, cruza por acaso com Mathias
 Fayard, que lhe dá um momento de ternura, e François Tavernier, que 
lhe revela o prazer físico. A assinatura do Armistício permite às duas
 jovens voltarem para sua terra, onde irá nascer o pequeno Charles, com a
 ajuda de um oficial alemão, Frédéric Hanke.

O dia do regresso foi um dia de luto: Isabelle, a mãe querida de Léa,
 morrera num bombardeio. O pai lentamente mergulha na loucura, 
enquanto a propriedade é requesitada e se organiza uma vida precária, 
feita de privações e de dificuldades. Léa, Camille e o pequeno Charles 
encontram Laurent, que fugira da Alemanha, escondido na casa dos 
Debray: ele passa para clandestinidade. No seio das aldeias, das famílias,
 dá-se a divisão entre os adeptos irredutíveis de Pétain e os partidários
 de uma luta pela liberdade. Institivamente, Léa pertence a estes últimos.
Incosciente do perigo, serve de correio aos combatentes clandestinos. 
Quando a Françoise, sua irmã, ama um ocupante, o tenete Kremer. 
Mathias Fayard mantém com Léa uma ligação difícil, principalmente
 porque seu pai cobiça a propriedade. Repelido por ela, parte para o 
Serviço de Trabalho Obrigatório.

Esmagada sob o peso das responsabilidades, Léa volta a Paris, para a
 casa de Lisa e Albertine de Montpleynet. Partilha o seu tempo entre a
 transmissão de mensagens para a clandestinidade e a vida mundana da 
Paris da ocupação. Com François Tavernier, tenta esquecer a guerra no 
Maxim's, no Ami Louis ou no pequeno restaurante clandestino de Andrieu. 
Encontra também Sarah Mulstein, que lhe abre os olhos acerca dos campos 
de concentração, e Raphaël Mahl, que se dedica à mais abjeta colaboração.
 Nos braços de François Tavernier, sacia sua ânsia de viver. Mas Montillac
 precisa dela: a falta de dinheiro, a avidez do pai de Fayard, a razão vacilan
te de seu pai, as ameaças que pesam sobre a família D'Argilat são realidades
 que ela deve enfrentar sozinha. Nos subterrâneos de Toulouse, graças ao 
padre Adrien Delmas, volta a encontrar Laurent e se entrega a ele. De volta, 
o tenente Dohse e o comissário Poinsot interrogam-na. Ela passa a dever sua
 salvação a interferência do tio Luc. Como seu pai recusa a idéia de um 
casamento com o tenente Kramer, Françoise foge. É mais do que Pierre 
Delmas pode suportar, e ele é encontrado morto. O padre Adrien, o tio Luc,
 Laurent e François Tavernier reúnem-se brevemente para o enterro. 
Depois de um último abraço em comunhão com a doçura da terra de 
Montillac, Léa fica de novo só com Camille, Charles e a velha Ruth, diante
 do seu precário destino.

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