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sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

RESUMO DO LIVRO "MORTE E VIDA SEVERINA"



Morte e vida severina narra a trajetória de Severino, retirante nordestino,
que, sozinho, vai em direção à Zona da Mata, na tentativa de encontrar
 trabalho regular, de maneira a dar sentido à sua vida.

Severino é uma metáfora para nordestino, que na maioria das vezes sai 
do sertão acreditando que no Recife, ou outras cidades nas quais a seca 
é mais branda, a vida pode ser melhor, mas em todo percurso ele vai 
percebendo que a vida Severina, independe do lugar, ou das condições 
climáticas.

Esse poema, na verdade, é uma peça teatral em forma de versos, com 
motivo religioso, enquadrando-se no modelo dos Autos de Natal, 
comumente representados em locais públicos, na época natalina, 
durante a Idade Média.Os versos não têm rimas, mas foram produzidos 
com métrica curta e rigorosa: são todos redondilha maior (7 sílabas), 
considerada uma medida clássica, sendo também o metro empregado
 pelos cancioneiros populares, como na literatura de cordel.

Resumo do Livro:

O retirante Severino deixa o sertão pernambucano em busca do litoral, 
na esperança de uma vida melhor. Entre as passagens, ele se apresenta 
ao leitor e diz a que vai, encontra dois homens (irmãos das almas) que 
carregam um defunto numa rede. Severino conversa com ambos e 
acontece uma denúncia contra os poderosos, mandantes de crimes e 
sua impunidade.

O rio-guia está seco e com medo de se extraviar, sem saber para que 
lado corria o rio, ele vai em direção de uma cantoria e dá com um velório. 
As vozes cantam excelências ao defunto, enquanto do lado de fora, um 
homem vai parodiando as palavras dos cantadores.. Cansado da viagem, 
Severino pensa em interrompê-la por uns instantes e procurar trabalho.

Ele se dirige a uma mulher na janela e se oferece, diz o que sabe fazer. 
A mulher, porém é uma rezadeira. O retirante chega então à Zona da 
Mata e pensa novamente em interromper a viagem. Assiste, então, ao 
enterro de um trabalhador do eito e escuta o que os amigos dizem do 
morto. Por todo o trajeto e em Recife, ele só encontra morte e 
compreende estar enganado com o sonho da viagem: a busca de uma 
vida mais longa.

Ele resolve se suicidar, como que adiantando a morte, nas águas do 
Capiberibe. Enquanto se prepara para o desenlace, conversa com seu 
José, mestre carpina, para quem uma mulher anuncia que seu filho 
havia nascido.

Severino, então, assiste à encenação celebrativa do nascimento, como 
se fora um auto de Natal. Seu José tenta dissuadi-lo do suicídio.

E quando Severino está para pular para fora da ponte da vida eis que a 
Vida renasce, através de um choro de menino.

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