Morte e vida severina narra a trajetória de Severino, retirante nordestino,
que, sozinho, vai em direção à Zona da Mata, na tentativa de encontrar
trabalho regular, de maneira a dar sentido à sua vida.
Severino é uma metáfora para nordestino, que na maioria das vezes sai
Severino é uma metáfora para nordestino, que na maioria das vezes sai
do sertão acreditando que no Recife, ou outras cidades nas quais a seca
é mais branda, a vida pode ser melhor, mas em todo percurso ele vai
percebendo que a vida Severina, independe do lugar, ou das condições
climáticas.
Esse poema, na verdade, é uma peça teatral em forma de versos, com
Esse poema, na verdade, é uma peça teatral em forma de versos, com
motivo religioso, enquadrando-se no modelo dos Autos de Natal,
comumente representados em locais públicos, na época natalina,
durante a Idade Média.Os versos não têm rimas, mas foram produzidos
com métrica curta e rigorosa: são todos redondilha maior (7 sílabas),
considerada uma medida clássica, sendo também o metro empregado
pelos cancioneiros populares, como na literatura de cordel.
Resumo do Livro:
O retirante Severino deixa o sertão pernambucano em busca do litoral,
Resumo do Livro:
O retirante Severino deixa o sertão pernambucano em busca do litoral,
na esperança de uma vida melhor. Entre as passagens, ele se apresenta
ao leitor e diz a que vai, encontra dois homens (irmãos das almas) que
carregam um defunto numa rede. Severino conversa com ambos e
acontece uma denúncia contra os poderosos, mandantes de crimes e
sua impunidade.
O rio-guia está seco e com medo de se extraviar, sem saber para que
O rio-guia está seco e com medo de se extraviar, sem saber para que
lado corria o rio, ele vai em direção de uma cantoria e dá com um velório.
As vozes cantam excelências ao defunto, enquanto do lado de fora, um
homem vai parodiando as palavras dos cantadores.. Cansado da viagem,
Severino pensa em interrompê-la por uns instantes e procurar trabalho.
Ele se dirige a uma mulher na janela e se oferece, diz o que sabe fazer.
Ele se dirige a uma mulher na janela e se oferece, diz o que sabe fazer.
A mulher, porém é uma rezadeira. O retirante chega então à Zona da
Mata e pensa novamente em interromper a viagem. Assiste, então, ao
enterro de um trabalhador do eito e escuta o que os amigos dizem do
morto. Por todo o trajeto e em Recife, ele só encontra morte e
compreende estar enganado com o sonho da viagem: a busca de uma
vida mais longa.
Ele resolve se suicidar, como que adiantando a morte, nas águas do
Ele resolve se suicidar, como que adiantando a morte, nas águas do
Capiberibe. Enquanto se prepara para o desenlace, conversa com seu
José, mestre carpina, para quem uma mulher anuncia que seu filho
havia nascido.
Severino, então, assiste à encenação celebrativa do nascimento, como
Severino, então, assiste à encenação celebrativa do nascimento, como
se fora um auto de Natal. Seu José tenta dissuadi-lo do suicídio.
E quando Severino está para pular para fora da ponte da vida eis que a
E quando Severino está para pular para fora da ponte da vida eis que a
Vida renasce, através de um choro de menino.
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