domingo, 2 de fevereiro de 2014
RESUMO DO LIVRO "O MESTRE DA VIDA"
No livro O Mestre da Vida, terceiro volume da coleção Análise da
Inteligência de Cristo, Augusto Cury analisa detalhada e
criteriosamente todos os momentos do julgamento de Cristo.
Sob a ótica da filosofia e da psicologia Cury descreve o comportamento
e as atitudes incomuns de Cristo ante o seu martírio que se estende desde
a sua prisão e julgamento aos açoites e a morte lenta e angustiante na cruz.
A cada dia que passava Jesus se tornava mais famoso e conhecido não
só em Jerusalém, mas em todas as cidades do Império Romano, isso
despertou a inveja e a ira da cúpula judaica contra Jesus, pois afirmava
que ele representava uma ameaça para o Império Romano, afinal,
segundo os representantes de Deus, Jesus agitava a nação e influenciava
o não pagamento de impostos ao imperador romano Tibério Cesar.
Além disso, alegavam que Jesus se dizia o filho do Altíssimo e o rei dos
judeus tentando o condená-lo visto que se caracterizava uma blasfêmia
contra as leis de Moisés.
No entanto, vale lembrar que os representantes da cúpula judaica estavam
engessados e incapacitados de enxergarem a verdadeira personalidade de
Cristo, pois se consideravam autossuficientes o que o tornavam
egocêntricos, individualistas e caluniadores. Pensavam que sabiam de tudo
sobre Deus, mas estavam cegos ao perseguirem e injuriarem o filho
unigênito do Todo-Poderoso. Que paradoxo! Não conseguiam enxergar
aquele carpinteiro simples que entalava madeira como sendo o herdeiro do
reino dos céus.
Jesus era um exímio de amor, solidariedade, humildade, compaixão e
compreensão. Exalava paz e alegria por onde passava. Foi, sem dúvida,
O Mestre dos mestres no teatro da vida e no território da emoção. Sabia
como ninguém organizar e gerenciar seus pensamentos, controlar a
ansiedade e arejar os solos da sua emoção.
O Mestre do Amor navegava com paciência e tranquilidade nas águas
mais agitadas da sua existência. Cultivou, adubou e semeou pacientemente
o solo da emoção e da personalidade dos seus discípulos. Sabia, pois, que
estava semeando o amor e que esse amor germinaria os mais sublimes
valores e virtudes do ser humano. Vacinou-os contra a competição
predatória, o individualismo, o egocentrismo e o egoísmo. Amava
incondicionalmente a humanidade a ponto de morrer e doar a sua vida
por ela. Jesus não esperava retorno imediato das pessoas que ensinava,
pois sabia que as mais belas flores nascem dos mais rigorosos invernos.
Amava muito e esperava pouco.
Por que O Mestre da Sensibilidade dócil, humilde, amável e solidário
perpassou por uma morte tão violenta? Por que o homem mais
sublime e doce que já pisou nos solos áridos da Terra foi açoitado,
esmurrado, espancado, cuspido no rosto, humilhado publicamente e
pregado em uma estaca de madeira? Que pai é esse que permite o
filho sofrer e pagar um preço altíssimo pelos erros dos outros?
Essas são interrogações que atravessaram gerações e continuam
perturbando a nossa imaginação.
Deus arquitetou juntamente com seu filho o plano mais ambicioso
da humanidade no qual cada ser humano é singular e importante
para Ele. Plano esse que transcende a lógica e a inteligência humana.
Um plano que rompe as paredes do túnel do tempo e os parênteses
da existência humana. Nem mesmo a psicologia e a medicina no
ápice dos seus delírios sonharam por em prática um plano tão
fantástico como o plano que Deus elaborou para a humanidade.
Esse plano era imergir o ser humano na eternidade onde não existiria
dor ou sofrimento! Que plano incrível e admirável!
Jesus disse eloquentemente que era o “pão da vida” e quem dele
comesse jamais sentiria fome. Também disse que era uma fonte
de água que jorrava prazer e paz eterna e quem dela bebesse jamais
sentiria sede. Em outras palavras, queria dizer que devemos nos
espelhar em seus ensinamentos que foram riquíssimos de sabedoria
e, acima de tudo, humanidade. Qual o ser humano que em sua plena
lucidez já proferiu algo parecido? Quem na história da humanidade
ousou pensar e agir como ele os fez? Simplesmente ninguém, pois
jamais existiu ou existirá alguém como ele! Jesus não era um psicótico
e muito menos um louco, muito pelo contrário, atingiu o auge da
sabedoria em um ambiente onde só havia motivos para se desesperar,
em um ambiente onde o medo e a angustia imperavam. Abriu as janelas
da sua inteligência mesmo nos momentos mais tensos da sua vida.
Quanto mais sofria, mais encontrava forças para suportar. Quanto mais
era espancado pelos soldados romanos, mais pensava antes de reagir.
O seu silêncio perante o seu espancamento despertava cada vez mais a
ira dos agressores e, ao mesmo tempo, os instigava a refletirem e
repensarem suas atitudes.
Nós seres humanos quando sofremos um simples empurrão apertamos
o gatilho da intolerância e da agressividade magoando, muitas vezes,
as pessoas que mais amamos, ou seja, agredimos física e psicologicamente
por motivos fúteis as pessoas que mais nos dão carinho, amor e atenção.
Jesus sofreu silenciosamente sem nada fazer para se defender. Tinha
condições o suficiente para se livrar do seu julgamento, mas sabia que
tinha que beber aquele cálice e preferiu agir plenamente como um ser
humano. Sofreu para nos dar a vida eterna e redimir nossos pecados.
Por que o homem mais inocente da humanidade foi tão injustiçado e
humilhado? Simplesmente porque essa era a sua missão, sofrer e morrer
pela humanidade e salvá-la do pecado e das injustiças e atrocidades sociais
que a consumem a cada dia.
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