Nesta publicação, Augusto Cury oferece aos leitores a
oportunidade de ler o seu mais importante romance
histórico-psiquiátrico, o Holocausto nunca mais, de uma
única vez. A nova versão reúne os dois livros que compõem
a série – Colecionador de lágrimas e Em busca do
sentido da vida –, num único volume. Para esse trabalho,
Cury redigiu novo prefácio, em que relembra a importância
pessoal desse romance. “O fiz com lágrimas nos olhos.
Sonho que ele funcione não apenas como um retrovisor da
história, mas também como espelho para o futuro da nossa
espécie. Escrevê-lo foi um dos maiores desafios da minha
vida como psiquiatra, psicoterapeuta, pesquisador, escritor e
investigador da história”, conta o autor.
Amei tanto esse livro que é até complicado falar dele para vocês...
Amei tanto esse livro que é até complicado falar dele para vocês...
Holocausto nunca mais é a junção de dois livros: O Colecionador
de Lágrimas e Em busca do sentido da vida, o que resultou em
uma obra de quase 600 páginas. É uma história extremamente
intrigante, que trata do homem que ao menos eu considero o
maior psicopata de todos os tempos: Hitler. O livro é definido
como um romance histórico-psiquiátrico. Isso quer dizer que,
através de um enredo fictício, recebemos informações históricas
e somos presenteados com análises psiquiátricas desse ser que
nem tenho palavras para descrever.
Mas o leitor em nenhum momento é bombardeado com
Mas o leitor em nenhum momento é bombardeado com
informações, isso porque Augusto Cury encontrou uma forma
genial de apresentar o enredo. Temos um ex-psicólogo e
professor de história, Júlio Verne(sim, em homenagem ao
famoso Júlio Verne... rs...) como protagonista. Ele está em
um momento da vida em que parece que suas aulas perderam o
brilho. Mas começa a ter transtorno noturno, e precisa encarar
pesadelos assustadores sobre a época em que Hitler esteve no
poder. Como é a época sobre a qual está lecionando, suas aulas
se tornam cada vez mais emocionantes e impactantes.
Isso faz com que conquiste alunos e os deixe fascinados pelo tema.
Isso faz com que conquiste alunos e os deixe fascinados pelo tema.
Porém, faz também com que ganhe inimigos não só entre os alunos,
mas também entre os poderosos da universidade. Ele é o tipo de
professor que só consegue lidar com aulas participativas, então não
temos grandes discursos, e sim diálogos em que o conhecimento é
construído, o que faz com que o leitor se sinta presente naqueles
momentos. Não só em aulas, mas também em eventos fora da
universidade de que o professor é convidado a participar e nos
quais mantém a mesma postura de construir o conhecimento em
conjunto.
Mas essa não é a parte mais interessante. Coisas muito misteriosas
Mas essa não é a parte mais interessante. Coisas muito misteriosas
começam a acontecer com o Júlio. Começa a receber cartas que
parecem ter sido escritas na época de Hitler. É perseguido por
pessoas que afirmam ser daquela época, e realmente parecem
pertencer a ela. Isso foi me deixando a cada minuto mais curiosa,
seria uma tática de seus inimigos para assustá-lo?
Estariam presentes no enredo viajantes no tempo?
Estaríamos presenciando realidades paralelas se cruzando?
Enfim, possibilidades não faltavam.
Fiquei realmente chocada com todas as informações que o autor
Fiquei realmente chocada com todas as informações que o autor
trouxe sobre Hitler. Ele era um homem cheio de contradições.
Foi mostrado ao leitor como o marketing foi utilizado de várias
formas para lhe proporcionar a simpatia do povo - como quando
criou o ensopado de domingo, que era uma campanha para que,
no primeiro domingo dos meses de outubro a fevereiro, as famílias
alemãs das classes média e rica se alimentassem somente de um
ensopado com poucos ingredientes, e doassem o dinheiro
economizado para auxiliar os pobres nos meses de novembro a
março, quando o inverno chegaria, já que viviam um caos social,
com 7 milhões de desempregados num universo de 80 milhões de
habitantes. Ou quando o Führer se dispor a ser o padrinho do sétimo
filho das famílias arianas - o que aconteceu apenas algumas vezes,
mas causou um grande efeito humanizador.
É uma pena que eu não possa contar absolutamente nada sobre a
É uma pena que eu não possa contar absolutamente nada sobre a
segunda parte. Teria muito mais a dizer sobre a obra, mas correria
o risco de estragar a leitura de alguém, então prefiro deixar que
vocês se surpreendam completamente. Holocausto nunca mais é
um livro denso, cheio de informações perturbadoras, que precisa
ser digerido aos poucos. Mas não se torna cansativo nem parado
em nenhum momento, sempre tem algo importante acontecendo.
Amei o final, foi extremamente coerente. Ele foi construído pouco
Amei o final, foi extremamente coerente. Ele foi construído pouco
a pouco durante o enredo, e teve tudo a ver com tudo o que nos
foi dito no decorrer da história. Amei os personagens, principalmente
o protagonista. Acima de tudo, é um livro que mostra que existe
esperança para a humanidade. Só me resta dizer: leiam!
Realmente vale muito a pena, é o tipo de livro que tem a capacidade
de mudar nossa visão de mundo e que nos faz ter vontade de
sermos pessoas muito melhores.
Os seres humanos modernos não sabem proteger sua emoção
Os seres humanos modernos não sabem proteger sua emoção
como a mais excelente propriedade. Eles fazem seguro de tudo,
mas não seguro emocional. Ficam décadas da pré-escola à
pós-graduação, mas não aprendem minimamente a filtrar
estímulos estressantes, a gerenciar seus pensamentos, a
contemplar o belo. A humanidade, em especial a juventude
mundial, está entristecendo no apogeu da indústria do
entretenimento.
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