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terça-feira, 9 de janeiro de 2018

RESUMO DO LIVRO "HOLOCAUSTO NUNCA MAIS"




Nesta publicação, Augusto Cury oferece aos leitores a 
oportunidade de ler o seu mais importante romance 
histórico-psiquiátrico, o Holocausto nunca mais, de uma 
única vez. A nova versão reúne os dois livros que compõem 
a série – Colecionador de lágrimas e Em busca do 
sentido da vida –, num único volume. Para esse trabalho, 
Cury redigiu novo prefácio, em que relembra a importância 
pessoal desse romance. “O fiz com lágrimas nos olhos. 
Sonho que ele funcione não apenas como um retrovisor da 
história, mas também como espelho para o futuro da nossa 
espécie. Escrevê-lo foi um dos maiores desafios da minha 
vida como psiquiatra, psicoterapeuta, pesquisador, escritor e 
investigador da história”, conta o autor.


Amei tanto esse livro que é até complicado falar dele para vocês...
Holocausto nunca mais é a junção de dois livros: O Colecionador 
de Lágrimas e Em busca do sentido da vida, o que resultou em 
uma obra de quase 600 páginas. É uma história extremamente 
intrigante, que trata do homem que ao menos eu considero o 
maior psicopata de todos os tempos: Hitler. O livro é definido 
como um romance histórico-psiquiátrico. Isso quer dizer que, 
através de um enredo fictício, recebemos informações históricas 
e somos presenteados com análises psiquiátricas desse ser que 
nem tenho palavras para descrever.


Mas o leitor em nenhum momento é bombardeado com 
informações, isso porque Augusto Cury encontrou uma forma 
genial de apresentar o enredo. Temos um ex-psicólogo e 
professor de história, Júlio Verne(sim, em homenagem ao 
famoso Júlio Verne... rs...) como protagonista. Ele está em 
um momento da vida em que parece que suas aulas perderam o 
brilho. Mas começa a ter transtorno noturno, e precisa encarar 
pesadelos assustadores sobre a época em que Hitler esteve no 
poder. Como é a época sobre a qual está lecionando, suas aulas 
se tornam cada vez mais emocionantes e impactantes.


Isso faz com que conquiste alunos e os deixe fascinados pelo tema. 
Porém, faz também com que ganhe inimigos não só entre os alunos, 
mas também entre os poderosos da universidade. Ele é o tipo de 
professor que só consegue lidar com aulas participativas, então não
temos grandes discursos, e sim diálogos em que o conhecimento é 
construído, o que faz com que o leitor se sinta presente naqueles 
momentos. Não só em aulas, mas também em eventos fora da 
universidade de que o professor é convidado a participar e nos 
quais mantém a mesma postura de construir o conhecimento em 
conjunto.


Mas essa não é a parte mais interessante. Coisas muito misteriosas 
começam a acontecer com o Júlio. Começa a receber cartas que
 parecem ter sido escritas na época de Hitler. É perseguido por 
pessoas que afirmam ser daquela época, e realmente parecem 
pertencer a ela. Isso foi me deixando a cada minuto mais curiosa, 
seria uma tática de seus inimigos para assustá-lo? 
Estariam presentes no enredo viajantes no tempo? 
Estaríamos presenciando realidades paralelas se cruzando? 
Enfim, possibilidades não faltavam.


Fiquei realmente chocada com todas as informações que o autor 
trouxe sobre Hitler. Ele era um homem cheio de contradições. 
Foi mostrado ao leitor como o marketing foi utilizado de várias 
formas para lhe proporcionar a simpatia do povo - como quando 
criou o ensopado de domingo, que era uma campanha para que, 
no primeiro domingo dos meses de outubro a fevereiro, as famílias 
alemãs das classes média e rica se alimentassem somente de um 
ensopado com poucos ingredientes, e doassem o dinheiro 
economizado para auxiliar os pobres nos meses de novembro a 
março, quando o inverno chegaria, já que viviam um caos social, 
com 7 milhões de desempregados num universo de 80 milhões de 
habitantes. Ou quando o Führer se dispor a ser o padrinho do sétimo 
filho das famílias arianas - o que aconteceu apenas algumas vezes, 
mas causou um grande efeito humanizador.


É uma pena que eu não possa contar absolutamente nada sobre a 
segunda parte. Teria muito mais a dizer sobre a obra, mas correria 
o risco de estragar a leitura de alguém, então prefiro deixar que 
vocês se surpreendam completamente. Holocausto nunca mais é 
um livro denso, cheio de informações perturbadoras, que precisa 
ser digerido aos poucos. Mas não se torna cansativo nem parado 
em nenhum momento, sempre tem algo importante acontecendo.


Amei o final, foi extremamente coerente. Ele foi construído pouco 
a pouco durante o enredo, e teve tudo a ver com tudo o que nos 
foi dito no decorrer da história. Amei os personagens, principalmente 
o protagonista. Acima de tudo, é um livro que mostra que existe 
esperança para a humanidade. Só me resta dizer: leiam! 
Realmente vale muito a pena, é o tipo de livro que tem a capacidade 
de mudar nossa visão de mundo e que nos faz ter vontade de 
sermos pessoas muito melhores.


Os seres humanos modernos não sabem proteger sua emoção 
como a mais excelente propriedade. Eles fazem seguro de tudo, 
mas não seguro emocional. Ficam décadas da pré-escola à 
pós-graduação, mas não aprendem minimamente a filtrar 
estímulos estressantes, a gerenciar seus pensamentos, a 
contemplar o belo. A humanidade, em especial a juventude 
mundial, está entristecendo no apogeu da indústria do 
entretenimento.

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