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domingo, 2 de fevereiro de 2014

RESUMO DO LIVRO "UMA LÁGRIMA DE MULHER"

- Rosalina é filha do pescador Maffei. Ela se apaixona por Miguel
 Rizio, um rapaz pobre. Ambos viveram toda a infância em uma das 
formosas ilhas de Lípari. Maffei, o pai da moça, não aceitou o namoro 
dos dois pelo fato do rapaz ser pobre e chamou Miguel para conversar. 
Porém, acabou por ter uma briga com o rapaz e o empurrou do alto de
 um rochedo para o precipício no mar.

- Miguel teve um ferimento, porém sobreviveu. 
Quando foi procurar por Rosalina, não a encontrou porque seu pai a 
levara para Nápolis. Miguel ficou um bom tempo sem encontrá-la.

- Um dia Miguel encontrou um antigo pescador conhecido por 
“Sombra da Noite” que conhecia a família de Maffei e também conhecia 
a história de Miguel. Então se dispôs a ajudá-lo a reencontrar Rosalina. 
E foram os dois para Nápolis onde ela estva. 
Sombra da Noite conhecia muito bem Nápolis e já sabia onde era o local
 onde Maffei estava morando com a filha.

- Chegando em frente a casa dela, Miguel desabou a chorar. Depois 
escreveu um bilhete para ela começando assim: “Rosalina, não morri e 
desejo viver só para te amar” e marcou um encontro no outro dia a noite. 
O bilhete foi entregue ao Sombra da Noite para que fosse entregue à ela.

- Rosalina ficou emocionada ao ver Miguel pois até o momento pensava 
ela que ele havia morrido. E disse a Miguel que o amava muito mas que... 
então Miguel lhe disse que ficara sabendo que ela iria se casar com um 
fidalgo. Rosalina confirmou que era verdade, que não havia outro remédio 
e que o melhor para eles seria se conformarem com isso. 
Disse ainda que seu pai estava cada vez mais severo e ganancioso. 
Rosalina não poderia fazer nada, teria que se casar com o Visconde de 
Cenis, pois seu pai ordenara. Era uma ordem.

“Sejamos verdadeiramente corajosos, meu amigo, e saibamos ser dignos 
um do outro pelo sacrifício, soframos juntos...

- Miguel ficou muito triste com Rosalina e disse que iria partir, que iria 
embora.

- No próximo sábado era dia de festa, uma recepção em casa de Maffei. 
Rosalina estava encantadora e via-se cercada de aduladores. 
Porém, ela não sabia que Miguel voltara ali e estava escondido no jardim 
observando tudo.

- Então foi quando Maffei resolvera sair da casa e se sentar lá fora em um 
banco no jardim por causa da agitação da festa.

- E Miguel, estremecido de raiva, foi chegando até Maffei devagarinho e 
tocou-lhe no ombro. Maffei olhou para ele transpirando de medo enquanto 
Miguel de raiva.

“O olhar fixo e desvairado do moço refletia-se-lhe na consciência, como 
uma luz condenatória e daí persistia a fitá-lo, queimando-lhe por dentro os 
ossos do cérebro”.

- Miguel ainda fizera uma última tentativa:

“Velho amaldiçoado! Mau! Ambicioso! És o único obstáculo de minha 
ventura! És a minha asa negra! O meu pesadelo! A minha raiva! 
A minha desgraça! O meu ódio! O meu mal! O meu crime! 
Queres, bruto, regenerar-te? Queres por uma vez abaixar este braço, que
 a tua maldade levantou sobre a tua cabeça, velho estúpido?! Dá-me a mão 
de tua filha. Já! Peço-ta de joelhos, cão! Responde!... Queres?!”...

- Maffei sentia-se como se tivesse acordado de um sonho mau e gritou:

“Nunca! – atroou energicamente Maffei e ergueu-se de ímpeto!”

- Foi então que Miguel, raivoso, agarrou-se ao pescoço de Maffei para
 enforcá-lo:

“E o moço não desgarrava da vítima as unhas envenenadas pela cólera 
velha e sedenta de vingança, continuava a asfixiá-la”.

- E o velho caiu gomando pelas ventas já sem vida.

- Feito isto, Miguel fugiu como se tivesse livrado de um peso horrível.

- No outro dia o jardineiro da casa encontrou o corpo de Maffei no jardim 
e depois foi feito o enterro.

“os jornais de Nápoles noticiavam ter sucumbido o muito honesto e muito 
nobre proprietário da Rua de Toledo, fulano de tal Maffei, vítima de uma 
congestão cerebral, que o acometera na véspera”.
- Depois de uns dias, em uma noite, Miguel apareceu para Rosalina subindo 
pela janela. E perguntou para ela se enfim ela estava livre. 
Rosalina começou a lhe falar que desde que seu pai morreu ela ficara doente. 
Disse que após a morte do pai, ela ficara em extrema miséria, pois o pai 
passou uma vida de opulência, gastando mais do que possuía, ficando de 
tal modo endividado.

- E Rosalina disse que tinha que se casar com o velho rico para que ele 
pudesse resgatar o nome do pai dela. Miguel, desesperado, disse-lhe que se 
ela se casasse com ele, poderiam começar tudo de novo em Lípari, de onde 
vieram e que ele aos poucos poderia resgatar o nome do pai dela. Disse que 
em Lípari as flores esperavam por ela. Lembrou à ela o cão que ainda vivia – 
o Castor. E Miguel implorava com Rosalina.

- Rosalina então, ficara até emocionada de ver como Miguel a amava tanto. 
Na realidade ela havia inventado essa história de pobreza porque não queria 
dizer a verdade de tudo: ela também havia se deixado levar pela “cobiça” e 
o casamento lhe seria vantajoso, ainda mais que não era por amor e ela poderia
se prostituir com outros belos “pares de bigodes”:

“Qual das duas partes faria melhor aquisição? Uma levava uns restos de homem 
e o título de visconde e a outra um dote avultado e uma mulher prostituída. 
Estas ruindades fundidas deveriam dar um resultado satisfatório para ambos
 e talvez para a sociedade, que, em vendo dinheiro, faz como as crianças: 
fecha os olhos e abre a boca. Entanto, quando o visconde se retirava da sala 
de honra, abria a noiva a porta privada da alcova, para o outro, que, se em 
verdade não era tão nobremente visconde, tinha, em compensação, um bom 
par de bigodes pretos, que valiam por um brasão”.

- Miguel continuava implorando o amor de Rosalina e esta, sentia-se 
conscienciosamente arrependida de se ter fingido pobre, porém não queria
 voltar atrás e teve que inventar um pretexto qualquer para que Miguel não 
insistisse mais. Disse ela, (ao ver um copo com uma bebida no quarto) 
que havia tomado um veneno que estava neste copo e que dentro de 
instantes iria morrer.

- Miguel queria pedir ajuda mas Rosalina não deixou e ficava se 
contorcendo, fingindo que morria, até ficar extática.

_ Miguel, por sua vez, perdera todas as suas forças e uma vertigem 
doida lhe acometera à cabeça...

- Foi quando depois de instantes, Rosalina resolveu olhar para Miguel
 que estava completamente imóvel no colo dela. Miguel havia morrido!

- Rosalina, então, se desesperou com um grito de terror.

“Então, uma lágrima cristalina e santa, desprendendo-se do coração, rolou 
pura pelas faces da mulher. Chorou pela primeira vez! Aquela lágrima valia
 o poema inteiro da sua existência! Era o transunto do seu arrependimento!
 Era o perdão dos seus crimes! Chorou! Chorou uma lágrima de mulher, e 
por isso que vinha de Deus! Rosalina amou pela primeira vez – aquele cadáver”.

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