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domingo, 2 de fevereiro de 2014

RESUMO DO LIVRO "O PRIMO BASÍLIO"


Em O Primo Basílio, o alvo da crítica é a burguesia. 
O autor ataca a família lisboeta, reunião desagradável de egoísmos. 
Nesse quadro doméstico, Eça reúne personagens medíocres que 
representam as várias faces da sociedade. O casal aparentemente 
perfeito, Luísa e Jorge. A empregada doméstica que os odeia e inveja, 
Juliana. A beata dona Felicidade. O Conselheiro Acácio, um alto 
funcionário público. Julião, um médico desiludido com seu ofício.
Ernestinho, um escritor de dramalhões. E o vilão de toda a história, 
Basílio, o primo-amante-conquistador de Luísa.

O romance retrata uma vida em família. Critica a família pequeno-burguesa 
de Lisboa. Luísa, educada sob influência de princípios morais e religiosos 
não tão severos, é romântica, fútil e leviana. Tivera sempre uma vida ociosa. 
Casa-se com Jorge, homem bom, inteligente, simpático. Jorge e Luísa 
moram há três anos, em uma rua freqüentada por pessoas pobres e que 
gostam de mexericos. Ele é engenheiro e trabalha em um Ministério. 
Luísa gosta de romances, sonha e vê a vida passar. O casal deseja um 
filho que não vem.

Jorge é chamado a trabalho e vai, por um tempo, para Alentejo. 
Na primeira ausência do marido, influenciada por suas leituras e 
desgostosa com a solidão, Luísa recebe a visita de seu primo Basílio. 
Encontram-se e ela trai o marido, seduzida por Basílio, antigo 
namorado que havia chegado a Lisboa, depois de um tempo fora.
 Basílio deseja-a para uma aventura que diminua o seu tédio na pequena 
cidade. Está lá a negócios. Luísa cede ao charme, à paixão antiga e às 
tentações de Basílio. Revive os romances lidos com ardor, cometendo 
adultério. Sua criada Juliana, no entanto, apodera-se de algumas cartas 
trocadas pelos amantes. Basílio volta a Paris e deixa Luísa à mercê das 
exigências de Juliana.

Jorge regressa. Luísa transforma-se em criada, a mando de Juliana. 
Ameaçada, ela reza, joga na loteria, tenta se entregar a um banqueiro para 
conseguir dinheiro. Um amigo da família, Sebastião, consegue de volta 
a correspondência e tenta ajudar Luísa. Jorge percebe atitudes estranhas 
em Juliana e a manda embora. A criada morre logo depois, espumando 
de raiva, vítima de um colapso nervoso. Luísa também adoece por causa 
de uma carta de Basílio para ela. Jorge lê e toda a infidelidade de Luísa 
é descoberta. Fatalmente, Luísa morre. Jorge martiriza-se pois desejara 
matar e perdoar a mulher.

A história termina com a morte de Luísa e duas grandes ironias: a 
celebração de suas virtudes pelo Conselheiro, justamente ele, puritano, 
falso, hipócrita e a volta de Basílio, lamentando a morte da prima e a 
ausência da amante francesa Alphonsine.


* Se em O Primo Basílio o alvo da crítica era a burguesia, em 
O Crime do Padre Amaro também de Eça Queirós, o alvo da 
crítica era o clero.

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