Páginas

domingo, 2 de fevereiro de 2014

RESUMO DO LIVRO "A CIDADE E AS SERRAS"



O romance A Cidade e as Serras, publicado em 1901, é desenvolvimento 
do conto “Civilização”, de Eça de Queirós. Uma personagem, José (“Zé”) 
Fernandes, relata a história do protagonista Jacinto de Tormes. 
Na composição são destacados os episódios diretamente relacionados 
coma personagem principal, ficando os fatos da história de Zé Fernandes 
apenas como elos de ligação da história vivida por Jacinto. Desde o início, 
o narrador apresenta um ponto de vista firme, depreciando a civilização 
da cidade. Na primeira parte da narrativa, Zé Fernandes justifica sua 
aproximação de Jacinto (o “Príncipe da Grã-Ventura”), ligando-se a ele 
por amizade fraternal em Paris. Jacinto nascera e sempre morara em um 
palácio, nos Campos Elíseos, número 202. A mudança de sua família de 
Tormes, Portugal, para Paris deveu-se a seu avô Jacinto Galião. Seu neto, 
ao contrário do pai, que morrera tuberculoso, foi sempre fisicamente forte 
e, além de rico, era inteligente, voltando toda sua atividade para o 
conhecimento. Mas detestava o campo e amontoara em seu palácio, em 
livros, toda a conquista das filosofias e ciências, além dos aparelhos 
tecnicamente mais sofisticados da época. E, para Jacinto, “o homem só
 é superiormente feliz quando é superiormente civilizado”. Zé Fernandes 
era decididamente contrário a essa orientação tecnicista e mecanizada e 
vai registrando como Jacinto rompe totalmente com seu passado 
campesino, deteriorando-se na cidade. A regeneração só ocorrerá com 
uma atitude assumida por Jacinto, já na segunda parte da narrativa – 
nas serras. Um dia Jacinto, enfastiado da vida urbana, participa a Zé 
Fernandes sua partida para Portugal, a pretexto de reconstruir sua casa 
em Tormes, deslocando para lá os confortos do palácio. Entretanto, o 
criado Grilo perde-se com as bagagens, que, por engano, foram remetidas 
para Alba de Tormes, Espanha. Assim o supercivilizado Jacinto chega a 
Tormes apenas com a roupa do corpo. Em contato estreito com a 
natureza, Jacinto renova-se, primeiro liricamente, numa atitude de 
encantamento, integrando-se depois na vida produtiva do campo, quando 
aplica seus conhecimentos técnicos científicos à situação concreta de 
Tormes. Sem romper totalmente com os valores da “civilização”, 
Jacinto adapta o que pode ao campo. Modernizam-se dessa forma as 
serras, algumas reformas sociais são introduzidas e a produtividade 
aumenta. Ao príncipe da Grã-Ventura, só faltava um lar, o que ocorre 
em seguida, por meio de seu casamento com a prima de Zé Fernandes, 
Joaninha. Assim completamente feliz, no cotidiano das serras, Jacinto 
não mais volta a Paris, e esquece as companhias parisienses, como do 
grã-duque Casimiro, a condessa de Tréves, o conde de Tréves, o 
banqueiro judeu Efraim, madame Oriol e outros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário