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sábado, 13 de janeiro de 2018

RESUMO DO LIVRO "O PEQUENO PRÍNCIPE"



Em um dos milhões de planetas que existem no universo vivia um 
pequeno e solitário príncipe. De baixa estatura, o jovem garoto tinha 
cabelos loiros e faces enrubescidas. O planeta em que morava era tão 
pequeno que para contemplar o por do sol várias vezes seguidas apenas 
girava a sua cadeira. As únicas companhias de que disponha para 
conversar e se distrair eram uma flor que se dizia ser única entre as 
espécies e os três minivulcões do seu planeta, dois ativos e um inativo. 
Eram tão pequenos que as erupções pareciam como faíscas de lareiras e 
serviam para preparar suas refeições. A flor brotara de uma semente 
trazida sabe se lá de onde pelas correntes de ar. Logo cativou o pequeno 
príncipe com a sua beleza e elegância. Vaidosa pediu para que ele a 
cuidasse contra as intempéries devastadoras do universo, como as fortes 
ondas de vento e as rajadas de chuvas. Todos os dias a regava com água 
fresca e a envolvia em uma redoma de vidro. Certa manhã resolveu viajar 
para outros planetas e antes disso arrumou sua flor e revolveu 
cuidadosamente seus vulcões, logo em seguida partiu tristonho por ter de 
deixar sua flor sozinha.
O primeiro planeta a chegar era habitado apenas por um rei absoluto que 
teimava afirmando-se soberano sobre todas as coisas. Mas a quem ordenaria 
se somente ele habitava o seu planeta? Com saudade do por do sol o pequeno 
príncipe pediu-lhe para contemplar tal fenômeno, mas o rei não tinha poderes 
para tanto e ordenou-lhe que aguardasse o cair do dia. Aborrecido decidiu partir 
em frente, mas o rei não gostou da ideia de ficar sozinho novamente e sem 
ninguém para governar, assim, ofereceu-lhe inúmeros cargos, como ministro 
da justiça e embaixador. Sem pretensões ele partiu sem nada dizer.
O segundo planeta era habitado por um vaidoso que amava ser admirado. 
Toda vez que era lisonjeado tirava o chapéu e essa atitude monótona 
aborreceu o pequeno príncipe que partiu e foi embora. No terceiro planeta 
encontrou um bêbado que interrogado sobre o porquê bebia afirmou que o 
fazia para esquecer de que tinha vergonha de beber. Ficou perplexo com a 
alienação do beberrão e foi-se embora. Cada vez que partia reforçava a ideia 
de que as pessoas grandes são realmente esquisitas. O quarto planeta era 
povoado por um empresário que vivia contando números, fato que deixou 
o pequeno príncipe intrigado. Questionado disse que contava e recontava a 
quantidade de estrelas que possuía deixando o jovem ainda mais inquieto, 
pois para ele as estrelas não têm dono, afinal pertencem a todos. 
Questionado ainda sobre o quê fazia com elas o empresário respondeu que 
as depositava em um banco como se fossem riquezas acumuláveis. 
Movido pela avareza e ambição o empresário não se dava conta da 
imbecilidade de suas atitudes. Desapontado e decepcionado com as pessoas 
grandes o pequeno príncipe partiu mais uma vez.
O quinto planeta era o mais pequeno de todos e abrigava apenas um acendedor 
e apagador de lampiões. O garoto o considerou menos tolo do que o empresário, 
o rei, o bêbado e o vaidoso, pois o seu trabalho ao menos era dotado de sentido, 
ainda que minimamente. Já cansado de presenciar ações repetitivas desprovidas 
de imaginação e criatividade o jovem partiu acreditando decididamente que as 
pessoas grandes são muito estranhas mesmo.

Já no sexto planeta o príncipe encontrou ali um geógrafo sem muita empolgação 
que ficava o tempo todo sentado em sua escrivaninha aguardando descrições de 
exploradores sobre o relevo do seu planeta. Sem motivo de permanecer ali 
interrogou ao geógrafo para qual planeta deveria seguir. Ele respondeu a Terra, 
pois era um planeta com boa reputação. Ao chegar a Terra aterrissou no deserto 
do Saara na África e logo encontrou um homem que tentava consertar o seu 
vião que sofrera uma pane e teve que fazer um pouso de emergência. 
Curiosamente pediu para ele lhe desenhar um carneiro. Sem acertar o 
modelo de desenho desejado pelo garoto o homem decide desenhar uma 
caixa afirmando que o carneiro que ele queria estava ali dentro. 
O pequeno príncipe ficou maravilhado, afinal encontrara enfim alguém 
que lhe compreendia. Desenhou ainda uma corda para amarrá-lo e evitar 
que comesse sua flor. Depois desses acontecimentos narrou para seu mais 
novo amigo a sua história de vida. Dias depois o jovem saiu pelo deserto 
solitário e tombou ao chão sem fazer barulho e ao amanhecer do dia 
seguinte seu corpo não mais estava ali. Certamente retornara ao seu planeta 
de origem deixando apenas as estrelas como sinal de sua existência.

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