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sábado, 14 de maio de 2016

DEUS SABE O QUE FAZ




Há muito tempo, num reino distante, havia um rei que não acreditava na 
 bondade de Deus. tinha, porém, um súdito que sempre o lembrava dessa 
verdade. Em todas situações dizia: 

- Meu rei, não desanime, porque Deus é bom!

Um dia, o rei saiu para caçar juntamente com seu súdito e uma fera da 
 floresta atacou o rei. O súdito conseguiu matar o animal, porém não evitou 
que sua Majestade perdesse o dedo mínimo da mão direita. O rei, furioso 
pelo que havia acontecido e sem mostrar agradecimento por ter sua vida 
a salvo pelos esforços de seu servo, perguntou-lhe:

- E agora, o que me diz, Deus é bom? Se Deus fosse bom eu não teria sido 
atacado e não teria perdido o meu dedo.

O servo respondeu:

- Meu rei, apesar de todas essas coisas, somente posso dizer-lhe que Deus 
 é bom, e que mesmo isso - perder um dedo - é para seu bem!

O rei, indignado com a resposta do súdito, mandou predê-lo na sela mais 
 escura e mas fétida do calabouço. Após algum tempo, o rei saiu novamente 
 para caçar e aconteceu que ele foi atacado, desta vez, por índios que viviam 
na selva. esses índios eram temidos por todos, pois sabia-se que faziam 
sacrifícios humanos para seus deuses. Mal prenderam o rei, passaram a 
preparar, cheios de júbilo, o ritual do sacrifício. Quando já estava tudo pronto e 
o rei já estava diante do altar, o sacerdote indígena, ao examinar a vítima, 
observou furioso:

- Esse homem não pode ser sacrificado, pois é defeituoso! Falta-lhe um dedo!
E o rei foi libertado. Ao voltar para o palácio, muito alegre e aliviado, libertou 
seu súdito e pediu-lhe que viesse à sua presença. Ao ver o servo, abraçou-o 
afetuosamente, dizendo-lhe:

- Meu caro, Deus foi realmente bom comigo! Você já deve estar sabendo 
que escapei da morte justamente porque não tinha um dos dedos. Mas ainda 
tenho em meu coração uma grande dúvida: se Deus é tão bom, por que 
permitiu que você fosse preso da maneira como foi, logo você que tanto 
O defendeu?

O servo sorriu e disse-lhe:

- Meu rei, se eu estivesse nessa caçada, certamente seria sacrificado em seu 
lugar, pois não me falta dedo algum!

Extraído do livro "As mais Belas Parábolas de Todos os Tempos", Vololume I

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