Um
poeta foi para sua casa de praia buscar inspiração para
escrever um
novo livro. Seu hábito era passear pela areia
toda manhã e a tarde
escrevia. Numa dessas caminhadas
visualizou ao longe, um jovem que se
abaixava, apanhava
alguma coisa na areia e a arremessava ao mar. No dia
seguinte, em seu passeio, observou novamente o poeta o
jovem a repetir a
mesma cena da manhã anterior. Abaixava-se,
apanhava algo na areia e
arremessava ao mar. Na terceira
manhã, ante a repetição das mesmas
cenas, o poeta, intrigado,
achegou-se ao jovem e perguntou:
- O que fazes meu jovem?
- Estou jogando essas estrelas-do-mar de volta ao oceano
para elas não morrerem na praia - respondeu o jovem.
-
Mas porque você faz isso se milhões de estrelas-do-mar estão
morrendo
nas areias nesse momento e não vai fazer nenhuma
diferença você salvar
uma, duas ou três delas?
Ao que o jovem respondeu:
- Para essas duas ou três faz muita diferença.
A partir desse dia, toda manhã um jovem e um poeta ocupavam
parte do seu tempo arremessando de volta ao mar, estrelas-do-mar.
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