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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

RESUMO DO LIVRO "O VENDEDOR DE SONHOS E A REVOLUÇÃO DOS ANÔNIMOS"


     
    

O livro O Vendedor de Sonhos e A revolução dos Anônimos faz
parte de uma saga que compreende três volumes. O Vendedor de Sonhos
e A revolução dos Anônimos completa o segundo volume desta trilogia.

Na obra Augusto Cury critica contundentemente o atual sistema social 
em que vivemos. Segundo ele vivemos em um sistema social doente 
que forma pessoas doentes para uma sociedade doente. Ressalta, 
portanto, a insanidade, a hipocrisia, o egocentrismo e a falta de 
altruísmo e sensibilidade das pessoas que vivem nesse sistema social.
 São, lamentavelmente, engessadas pelas atrocidades e injustiças 
sociais que acometem as sociedades modernas.


O protagonista da obra é um estranho maltrapilho que após perdas 
irreparáveis e frustações inexpressíveis passa a vender sonhos para 
as pessoas desoladas, angustiadas e asfixiadas pelos problemas 
existenciais. O Mestre, como era chamado pelos seus seguidores e 
discípulos, era um indivíduo altruísta e sereno. Escondia o seu 
passado para os seus íntimos amigos. Assim como O Mestre dos 
mestres era tranquilo e humilde. Doava-se muito sem expectativas d
e retorno. Contemplava entusiasmadamente os pequenos e admiráveis 
eventos da vida, bem como o desabrochar de uma flor, a brisa suave 
do amanhecer e o sorriso de uma criança. Compreendia o incompreensível, 
ou seja, não se frustrava com os constantes e persistentes erros dos seus 
discípulos. Não permitia que a sua mente fosse sugada pelo ódio e pela a 
intolerância. Vivia a arte da tolerância e do respeito mutuo. Compreendia 
a dificuldade de aprendizagem dos seus seguidores e não os punia quando 
falhavam ou cometiam erros.


Por mais que seus novos amigos fossem baderneiros e arruaceiros amava-os 
intensamente. Afinal, passaram a fazer parte de uma mesma família. 
Uma família de seres humanos que reconheciam suas fragilidades, suas 
limitações, sua pequenez diante do espetáculo da vida. O Mestre, diariamente, 
os instigava a interiorizarem e refletirem sobre suas ações, seus atos. 
Queria, acima de tudo, libertá-los do cárcere da emoção. Dizia, 
eloquentemente, que não é possível exterminarmos os monstros e fantasmas 
alojados em nossa mente, mas, felizmente, temos o poder de domesticá-los 
ou reeditá-los. Bradava, também, que a vida é cíclica. Que não há dor ou 
sofrimentos que durem para sempre. Em um momento estamos desfrutando 
o auge da fama e do sucesso em outro estamos amargando o ápice do 
desprezo e do anonimato. Portanto, devemos valorizar e amar as pessoas 
que fazem ou não parte do nosso ciclo de amigos. Aliás, devemos reconhecer 
o valor inestimável de cada ser humano, pois somos únicos no teatro da vida.


No grupo de andarilhos se destacavam os irônicos e humorísticos Bartolomeu 
e Barnabé, ambos eram alcóolatras. Dividam as mesmas desgraças e frustações 
do percurso existencial. Foram abandonados pelos pais em um orfanato e, 
posteriormente, adotados por uma família desconhecida. 
No entanto, novamente, foram abandonados por serem muito danados e 
baderneiros. Júlio Cesar é o personagem-autor da obra. Ele narra os 
acontecimentos tensos e engraçados do romance, e ao mesmo tempo faz 
parte deles. Inicialmente sente raiva de Barnabé, conhecido como Prefeito
 por falar como tal, e de Bartolomeu, chamado também de boca de mel 
por falar compulsivamente, mas com o tempo passa a admirá-los pelas 
suas histórias de vida.


Júlio Cesar fora um professor universitário muito rígido e autoritário com 
seus alunos e com seus colegas professores. Queria ser um deus, mas não 
passava de um infeliz ser humano. Não admitia suas fragilidades e sua 
condição humana. Vivia preso a si mesmo. Vivia enclausurado e asfixiado 
no território onde deveria ser livre e feliz, ou seja, no território emocional. 
Durante uma perturbante depressão queria suicidar-se pulando do alto de um 
edifício. No entanto o Mestre cruzou seu caminho e ele nunca mais foi o
 mesmo a partir desse dia. Passou, então, a seguir o Mestre e vender sonhos 
para as pessoas juntamente com ele e com os outros seguidores.


Mônica era uma modelo que se oprimiu por causa dos padrões de beleza 
estabelecidos pelo mundo da moda. Na tentativa de emagrecer adquiriu 
uma anorexia. Comia compulsivamente e logo depois vomitava tudo o que 
havia ingerido. Conheceu o vendedor de sonhos que a abalou com palavras 
sábias e cheias de conhecimento e passou a segui-lo. Outras pessoas lesadas
 pela sociedade e pelos paradigmas que a sustenta conheceram o mestre
 durante os seus inúmeros discursos públicos e passaram a segui-lo, pois 
encontravam nele aquilo que não encontravam na rotina estressante do dia 
a dia, ou seja, paz e alegria. Os engraçados Bartolomeu e Barnabé 
divertiam a turma com suas brincadeiras que eram constantes.


Certo dia, foram convidados para discursarem em um presídio de segurança 
máxima. Aceitaram. Chegando lá abalaram os presidiários que eram de alta 
periculosidade. O Mestre pediu-lhes que falassem das suas frustações, dos 
seus erros e das lágrimas que há anos estavam represadas. O mais perigoso 
deles conhecido por El Diablo ficou estarrecido com as palavras do vendedor
de sonhos e passou a repensar suas atitudes criminosas e seus erros.


Dias depois o Mestre recebeu uma carta enviada pelo o presidiário El Diablo 
dizendo que seus filhos e sua esposa haviam morrido de um acidente de 
avião que havia sido planejado. Queriam na verdade matar o vendedor de 
sonhos e mataram, mesmo que não fisicamente, mas psicologicamente. 
Tiraram-lhe seu maior tesouro, sua família. A partir daí ele passou a vender 
sonhos às pessoas que sofreram assim como ele perdas irreparáveis. 
Era muito rico. Dono da empresa Megasoft. Uma empresa conhecida e 
admirada em todo o mundo. Após essas perdas se isolou por algum tempo e 
depois abriu mão de toda a sua riqueza. Certa vez foi escorraçado e 
humilhado publicamente no saguão da sua empresa pelos seguranças do 
local. No hospital em que homenageou seu pai com seu nome quase foi 
assassinado ao injetarem analgésicos propositalmente em suas veias. 
Além disso, foi humilhado pelos atendentes e médicos do mesmo hospital 
que disseram que ele era um mendigo e deveria ser tratado como tal. Isso 
aconteceu após ele ser agredido violentamente em uma tentativa de homicídio.


Quando seus discípulos descobriram que ele se chamava Mellon Lincoln Filho, 
o mesmo nome de seu pai, e que ele era milionário dono de uma das maiores 
empresas do mundo ficaram atônitos, perplexos. Não conseguiam compreender 
que seguiam um dos homens mais ricos do planeta e, menos ainda, que ele 
havia sido espancado e humilhado pelos seus empregados. Ficaram chocados. 
Todavia, o Mestre não guardava rancor em seu coração, pois dizia que a melhor
forma de nos livrarmos dos nossos inimigos era perdoá-los. Dizia também que 
a melhor coisa que se faz com uma semente é sepultá-la, pois só assim ela 
poderá germinar e, posteriormente, frutificar saborosos frutos. No entanto, 
chorou inconsoladamente ao saber que sua família havia morrido por sua culpa,
 mesmo que indiretamente, visto que o odiavam e o invejavam pelo sucesso, 
prestígio e status social que adquiriu ao longo dos anos. Enfim, durante a narração 
da obra ocorrem inúmeros acontecimentos chocantes, emocionantes, engraçados, 
tensos, angustiantes e felizes. A loucura e a lucidez, a tranquilidade e o estresse, 
o amor e o ódio convivem no mesmo ambiente, são afinal, somente, privilégios 
dos vivos.



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