Páginas

domingo, 2 de fevereiro de 2014

RESUMO DO LIVRO "MEMORIAL DE AIRES"

O diário começa em 9 de janeiro de 1888, dia em que completava um 
ano à volta do sexagenário ao Rio de Janeiro, depois de passar boa parte 
de sua vida em serviços diplomáticos pelo mundo.


Acompanhado da irmã Rita, Aires vai ao cemitério para visitar o túmulo 
da família e dar graças pelo regresso. Os irmãos conversam sobre a morte 
das pessoas que amam: o marido de Rita e a mulher do conselheiro, que 
está enterrada na Europa. Vêem, então, Fidélia, jovem viúva que Aires já a 
avistara em encontro social. Encantado com a beleza da moça, Aires a 
observa a rezar em frente ao túmulo do marido.


Interessado em Fidélia, Aires vai às bodas de prata do casal Aguiar, que a 
considera filha. A partir de então, procura se informar tanto sobre a moça 
– com a qual chega a sonhar estar casando - , quanto sobre o casal, que lhe 
encanta pela duradoura afeição mútua. Descobre que fidélia casara-se com 
Noronha contra a vontade dos pais de ambos, inimigos políticos. 
Em viagem à Europa, morre-lhe o marido. Regressaando, não é recebida 
pelo pai, barão de Santa-Pia, nem pela mãe, e mostra-se fria e desinteressada 
por qualquer pretendente a substituto do esposo morto. Acolhem-na o tio, o 
desembargador Campos, antigo colega de faculdade de Aires, e os Aguiares, 
que a recebe como a filha que não tiveram. Fidélia aparece para o casal 
Aguiar como substituta do afilhado amado, Tristão, para o qual também 
devotam o seu amor filial, na companhia dos pais verdadeiros e, que aos 
poucos, foi deixando de comunicar-se com os padrinhos.
A esposa de Aguiar ganha, por meio do comedido Aires, algumas das 
palavras mais doces e emocionais do autor. Isso porque a personagem é um
retrato maldisfarçado e confesso de sua esposa, morta recentemente, Ana 
Carolina. Como Machado, Aguiar “via as coisas pelos seus próprios olhos, 
mas se estes eram ruins ou doentes, quem lhe dava remédio ao mal físico 
ou moral era ela.”


Então se assim era D. Carmo, assim era Carolina. A morte do barão de 
Santa-Pia, que começava a dar sinais de que perdoaria a filha, coincide 
com o retorno de Tristão ao Rio de Janeiro. Fidélia, após a sua morte, fica 
um tempo na fazenda Santa-Pia para cuidar dos negócios pendentes. 
O retorno de Tristão enche os padrinhos de alegria, que chega ao ápice 
com a volta de Fidélia que, aos poucos, vai-se apaixonando pelo falso
 irmão. Casam-se. Mas Tristão se vê impelido a voltar para Portugal, 
pois havia sido eleito deputado e queria seguir a carreira política.


O casal Aguiar, que sonhara com o casamento para ter os “filhos” sempre 
por perto, vê-se frustado em seus sonhos e resigna-se a uma velhice solitária 
e melancólica, pois os “filhos” acabam indo embora para Lisboa deixando o 
casal triste e sozinho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário