Páginas

domingo, 2 de fevereiro de 2014

RESUMO DO LIVRO "IAIÁ GARCIA"



Luis Garcia era um homem reservado (pai de Iaiá ) e vivia exclusivamente 
por sua filha, Lina, uma garota mimada, que tinha toda a atenção de seu pai. 
Viúvo, ele vivia em uma casa mais afastada que se enchia de alegria quando 
Lina, ou melhor, Iaiá Garcia, chegava da escola. Na casa ainda havia um 
negro que era todo dedicado ao senhor e sua filha.

No círculo pequeno de amizades de Luis estava a Sra. Valéria, também 
viúva. Esta tinha um filho, Jorge. E foi por ele que Valéria chamou Luis
 à sua casa. Acontece que ela desejava mandar o filho à guerra do Paraguai 
e queria que Luis a ajudasse a “fazer a cabeça do jovem”. Justificava esse 
desejo afirmando que era seu dever como cidadão e também em referência 
às glórias e méritos que tais conflitos geram aos vencedores, não acreditando 
a morte do filho. Porém sua verdadeira razão era fazê-lo esquecer uma 
grande paixão.

Na casa de Valéria vivia Estela, filha de um grande amigo do seu finado.. 
E fora justamente essa moça que despertara em Jorge a paixão verdadeira. 
Jorge a amava e até chegou a se declarar e furtar um beijo da moça, o que 
a fez resolver voltar à casa de seu pai. Mas ela apenas negava o amor que 
sentia; quando o descobriu logo acreditou em sua impossibilidade e o 
trancou para sempre ao fundo de seu coração.

Jorge que fundia a realidade com romances foi à guerra e lá se manteve 
fiel à paixão que em carta a Luis Garcia afirmava tê-lo transformado de 
criança a homem. Enquanto isso Estela não sofria de amores, seu 
sentimento era como que esquecido e ela mantinha-se orgulhosa, firme e 
até mesmo fria.

Durante os anos em que Jorge ficou na guerra, Valéria mesmo não 
acreditando em vestígios do romance de outros tempos chamou Estela de 
volta à sua casa e viviam em perfeita harmonia. Como era seu intuito, a 
senhora falou à moça da necessidade de se casar e assim lhe disse que 
quando achasse o homem conveniente a avisaria.

Nestas circunstâncias iniciou-se um convívio mais intenso entre a casa 
de Luis Garcia e de Valéria. Iaiá encantava a todos eles e ela e Estela 
logo se fizeram companheiras. Em seguida a menina deu a falar de um 
casamento entre seu pai e a companheira. Luis viu como as duas se 
davam bem, Estela viu como ele era um homem digno e assim se fez o 
casamento deles: companheirismo e respeito.

Por fim, Jorge voltou da guerra – e cheio de glórias. Sua mãe já havia 
falecido. Ele também já sabia do casamento de Estela e, como sua família 
era amiga da família de Luis, as visitas se fizeram necessária. 
Ele inicialmente se abalava enquanto ela era fria como antes.

Quando Luis Garcia ficou doente, a presença de Jorge se tornou mais 
presente e, como o doente lhe pedira que auxiliasse a família, ele passou 
a ser íntimo da casa da mesma forma que Procópio Dias era. 
A convivência ali era calma, no entanto, Iaiá que já se tornara moça 
parecia sentir por Jorge um desprezo injustificável. A doença de Luis 
Garcia teve fim, mas seus problemas no coração logo lhe tirariam a vida.

Em certo tempo, em uma limpeza de papel que Luis fazia, encontrou 
ali a carta que Jorge lhe mandara lhe descrevendo seu amor fiel que se 
transformara de criança para homem. Achou graça de tal texto e deu-lhe 
para Estela ler. Ele não viu nenhuma das alterações por qual a esposa 
passara diante da carta, porém Iaiá viu. Em seguida a menina passou a 
desconfiar que houvesse entre a madrasta e Jorge um romance proibido 
que fosse mantido em segredo no coração dos dois.

Nesse tempo também, Procópio Dias afirmava a Jorge o amor que tinha 
por Iaiá e pedia-lhe seu apoio, ainda mais porque se via obrigado a uma 
viagem ao Rio que demoraria quatro meses ou mais.

Foi também aí que Iaiá mudou seu relacionamento com a madrasta e 
com Jorge. Para com Estela vivia de acordo a favorecer a paz doméstica 
e com Jorge se tornava amável. Este fez referência a ela sobre o amor de 
Procópio Dias, ao que a menina não mostrava nem um pouco de interesse. 
E bastaram esses meses que ele se mantinha fora para que Iaiá e Jorge 
iniciassem um romance, amavam-se de fato.

Quando Procópio chegou já não se sentia tão abalado por Iaiá, mas ainda 
lhe guardava certa paixão. Ao mesmo tempo Luis Garcia sentia o peso dos 
problemas cardíacos que tinha e beirava a morte. Estela, que estava ciente 
do romance da enteada, não só afirmou se agradar de tal coisa como
 também incentivou o casamento dos dois o mais breve possível para que
fosse possível a Luis Garcia ter o prazer de dar a bênção à filha.

Infelizmente ele faleceu antes. Iaiá, que era profundamente ligada ao pai, 
ficou abalada por longo tempo e assim adiando seu casamento. Jorge, 
depois de certo tempo de luto, questionou à noiva sobre a data do 
casamento ao que ela respondeu com uma carta de rompimento. 
E encarregou ao negro fiel da família a entrega de outra carta a Procópio, 
tendo esperanças nos sentimentos que ele afirmara ter por ela.

Jorge, como resposta a carta de rompimento, enviou outra a Estela 
perguntando o porquê da ação de Iaiá. Estela questionou à menina que 
respondeu que não poderia se casar com Jorge já que ela o amava. 
A madrasta, extremamente irritada, agiu até convencer Iaiá de que não 
havia amor nenhum entre eles e assim respondeu a Jorge que a carta da 
enteada não passara de um capricho.

Por sorte, o negro achou melhor não entregar a carta a Procópio e assim 
o casamento de Jorge e Iaiá foi marcado e concretizado. Estela fora pra 
outra cidade onde arrumara um emprego. Seu pai, que nunca fora 
confiável para Luis Garcia, sempre viveu dos outros e desejava ver a filha 
junto a Jorge, não foi com ela.

Madrasta e enteada trocavam cartas e no dia do aniversário de um ano 
da morte de Luis no cemitério Iaiá encontrou ali uma coroa deixada por 
Estela, a qual beijou como se fosse a madrasta, que sinceramente deixara 
ali flores ao falecido marido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário