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domingo, 2 de fevereiro de 2014

RESUMO DO LIVRO "A ESCRAVA ISAURA"


No Brasil, quando ainda existia a escravidão, vivia na fazenda do 
senhor comendador Almeida uma bela escrava por quem ele se 
apaixonou, no entanto, a escrava não lhe correspondia e como castigo 
ela foi entregue nas mãos do feitor, Miguel. Mas ele era um homem 
bom e tratava a escrava da melhor forma possível, juntos, eles tiveram
 uma filha.

O nome da menina era Isaura. O comendador, pai de Leôncio, demitiu 
Miguel e facilitou a morte da mãe da escravinha. A menina foi levada 
para a casa grande onde recebeu educação e foi criada como a filha 
que a esposa do comendador não teve. Isaura cresceu e se tornou uma 
moça bela e educada. Era vontade da Senhora da casa dar-lhe a liberdade, 
mas só faria isso em seu leito de morte, pois, assim, só a perderia depois
de morta.

Porém, ela morreu antes, e a vida de Isaura foi entregue a Leôncio. 
Este era um jovem de má índole que, quando mais novo, saltara de 
faculdade em faculdade até chegar à Europa onde viveu longe dos estudos. 
Retornou ao Brasil depois de ter gastado parte da fortuna, direcionou-se 
ao comércio acreditando possuir um grande talento para a área. Por fim, 
acabou casando-se com Malvina por interesse.

Como a mãe de Leôncio morreu subitamente sem exigir a libertação de 
Isaura e o comendador se mudou para a corte, Isaura vivia a serviço de 
Malvina. Leôncio, em constante contato com a escrava, acabou 
apaixonando-se. Declarava-se à Isaura, que se mantinha indiferente e se 
negava a qualquer envolvimento. Ele prometia fazê-la rainha, mas 
quando rejeitado, ameaçava-a. Leôncio acreditava que a teria de qualquer
 modo, afinal, ela era propriedade dele. Ele conversava com seu cunhado, 
Henrique, que o visitava para tratar sobre seus interesses, mas Henrique, 
moralista e educado, não se empolgava como ouvinte.

Em uma manhã em que Malvina foi novamente pedir pela liberdade de 
Isaura, Henrique se declarou à escrava, mas também acabou rejeitado. 
Porém, Leôncio estava à porta e viu o que tinha acontecido. Assim, 
Henrique saiu declarando que contaria para irmã os desejos do marido.

Nessas circunstâncias, Isaura foi para o jardim onde recebeu uma nova 
declaração por parte de Belchior, o jardineiro asqueroso. 
Depois de recusá-lo, Isaura teve que novamente receber de Leôncio palavras
 de amor, no entanto, dessa vez, Henrique e Malvina estavam na janela e 
ouviram tudo.

Malvina declarou que Leôncio teria que escolher entre ela e a escrava, ou 
seja, para ela continuar ali, Leôncio teria que vender ou dar a liberdade à 
Isaura. Exatamente após essa declaração, Miguel, pai de Isaura, chegou. 
Vinha para comprar a filha pelos dez contos de réis que o comendador 
havia exigido no prazo de um ano. Leôncio arranjou como desculpa que 
a escrava não o pertencia, visto que seu pai ainda era vivo e, assim, ele 
teria que escrever ao pai antes.

Nesse momento, uma carta anunciando a morte do comendador chegou e 
logo as esperanças de Isaura findaram-se. A casa ficou em luto. Passados 
alguns dias, Malvina partiu, pois Leôncio não tomara providência nenhuma 
em relação à Isaura, apenas a mandou para a senzala. 
Em virtude da rejeição de Isaura, Leôncio preparava-lhe castigos físicos.

Frente a essa situação, Miguel, em visita secreta à filha e aproveitando a 
falta de vigilância sobre ela, levou-a embora. Foram para Pernambuco, ela 
era tratada como Eusira. Escondiam-se de todo da sociedade, até que Álvaro 
apareceu e apaixonou-se instantaneamente por Isaura. Ela, em primeira 
instância, fugia do jardim quando ele passava na porta, mas como o
sentimento era recíproco, acabaram por se tornarem amigos. 
Depois de muita insistência dele e afirmando que já lançavam suspeitas é 
que Isaura e Miguel aceitaram ir a um baile que ele oferecia.

Nessa apresentação pública, Isaura deixava todas as demais moças 
desalentadas e os rapazes encantados, no entanto, sofria por enganar 
Álvaro e se passar por quem não era.

Leôncio havia acionado toda ajuda na procura de Isaura e espalhara 
cartazes com a descrição dela oferecendo recompensa. Foi por um desses 
cartazes que Martinho reconheceu Isaura na noite do baile, declarando em 
público que ela era uma escrava, a pobre, envergonhada, confessou suas 
origens.

O baile acabou e todos foram embora. Álvaro inicialmente não acreditou,
 mas depois reconheceu ainda amar Isaura e se colocou como protetor dela. 
Martinho, no entanto, recebera uma carta de permissão mandada por 
Leôncio para prendê-la e levá-la de volta para as posses dele. 
Porém, quando foi cumprir com a ação, Álvaro lhe ofereceu o dobro da 
quantia que ganharia para prender Isaura. Assim, Martinho voltou à polícia 
e declarou que a moça não era a escrava fugida.

No entanto, no mesmo dia, Leôncio chegou à casa de Isaura e mesmo com o
 esforço de Álvaro, ela foi levada presa.

Na fazenda, Malvina retornara para casa, Leôncio inventara mentiras acerca 
de Isaura. Ela, ingênua, voltou para casa, satisfazendo ao marido, que só a
buscara de volta porque estava com dívidas e ter de volta a esposa era ter de 
volta o dinheiro do sogro. Isaura estava presa em um quarto escuro e ainda se 
negava a qualquer envolvimento com o senhor.

Leôncio então planejou uma nova vingança, daria a ela liberdade com a 
condicional de se casar com Belchior. Ele também forjou uma carta de 
Álvaro em que ele se gabava do seu casamento e de como queria Isaura 
para mucama de sua esposa. Foi assim que Isaura sem motivo algum para 
acreditar em um futuro aceitou o casamento.

No dia do casamento, quando esperavam pelo padre e pelo escrivão, 
Álvaro chegou. Recebeu a notícia do casamento de Isaura, porém afirmou 
que tal coisa não era possível, já que ele havia se tornado o credor das dívidas 
de Leôncio, sendo assim dono de seus bens e que agora toda a riqueza do
 rival pertencia a ele, inclusive Isaura.

Afirmou ainda que não deixaria Leôncio e Malvina na miséria, mas, frente 
a isso, Leôncio afirmou que não permitiria a Álvaro o prazer de o ver 
suplicar caridade e assim se matou com um tiro na cabeça.

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