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quinta-feira, 21 de julho de 2016

BORBOLETA

Vanda Góes

Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo.
Um homem sentou-se e observou a borboleta por várias 

horas conforme ela se esforçava, para fazer com que seu pequeno 
corpo passasse através daquela fenda.
Num determinado momento pareceu que ela parou de fazer qualquer 

progresso.
Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguiria 

fazer mais nada para sair do casulo.
Então, o homem decidiu ajudar a borboleta, pegou uma tesoura e 

cortou o restante do casulo.
A borboleta saiu facilmente, mas seu corpo estava murcho e era pequeno 

e tinha as asas amassadas.
O homem continuou a observar a borboleta porque esperava que, a 

qualquer momento, as asas dela se abririam e esticariam para serem 
capazes de voar, de suportar o corpo.
Nada aconteceu! Na verdade, a borboleta passou o resto de sua vida 

rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz 
de voar. O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar não 
compreendia, era que o casulo apertado e o esforço necessário a borboleta
para passar através da pequena abertura, era o modo com que Deus fazia
com que o fluído do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de modo
que ela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.
Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida.
Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer 

obstáculos, ele nos deixaria aleijados.
Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido e nós nunca 

poderíamos voar.

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