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quinta-feira, 21 de julho de 2016

APRIMOREMOS







(I TESSALONICENSES, 5:19.)

Saibamos estender os valores do espírito.
Observa a estrada nobre que te oferece passagem com segurança e 

lembra-te de que ainda ontem era trato de terra inculta.
Serpentes insidiosas aí acalentavam a pessoinha que se lhes acumulava 

no seio, enquanto vermes famintos se amontoavam no mato agreste.
Mas chegaram braços amigos e abnegados, atentos à disciplina…
Maquinaria enorme trabalhou a cabeleira verde da gleba, harmonizando-lhe 

as linhas; picaretas extraíram-lhe os pedrouços semelhantes a flegmões 
cristalizados; o cimento pavimentou a trilha aberta, e a organização lhe 
imprimiu determinada ordem aos movimentos.
Quantos semblantes suarentos para que a obra surgisse, quantos dedos 

quebrados, quantos lidadores rendidos aos acidentes inevitáveis e quantas
inquietações por eles vencidas, não podes realmente saber, mas podes 
reconhecer que foi o trabalho inteligente – luz divina do espírito humano – 
a força que te facultou a vitória sobre a distância.
Cada vez que a viagem te suprime ansiedades e poupa aflições, ainda 

mesmo que, por agora, não saibas agradecer, a estrada te partilha a 
tranquilidade e o contentamento, envolvendo os operários anônimos que a 
construíram em sublime coro de bênção. Analisa semelhante lição, encontrada 
em cada canto de rua, e não olvides que a ignorância é também aflitiva selva 
no mundo. Abracemos o serviço da educação. e da bondade, com alicerces 
na disciplina do Cristo, que é para nós outros, o Engenheiro Celeste, e tracemos
novos caminhos de evolução e de entendimento, em que as almas se aproximem
na exaltação da alegria e na ascensão do progresso.
Não importa sejamos hoje artífices sem nome. Vale o serviço feito.
Humilde réstia de luz que acendermos envolver-nos-á em seu clarão e a 

pequenina semente de fraternidade que venhamos a lançar no solo da vida 
abençoar-nos-á com os seus frutos.

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